Páginas

quinta-feira

“Por que fugimos tanto?


...Do que não é bom pra gente, é até compreensível. Mas e do que é bom, e consequentemente nos faz bem? Fugir faz parte do nosso instinto animalesco. A verdade, é essa. Ouve-se um barulhinho, e pronto. Lá vamos nós, nos refugiar em algum canto. De qualquer coisa, qualquer pessoa e até de nós mesmos. Loucura, pois bem. Somos loucos a ponto de fugir, de algo que nem sabemos o que pode nos trazer. Porque é claro que sempre trás algo. Bom, ruim. E o que fica, é o que vivemos e aprendemos. É a experiência. Mas e quando algo nos faz bem, extremamente bem, e sentimos medo? Nos esquivamos, fugimos? Normal. Daí você me chama de maluca. Maluca posso até ser. Mas loucura nenhuma atrapalha o meu detectar dos fatos. Tudo que é novo, e até o que não é, nos faz ter medo. Temos medo de tudo, de todos. Medo de ser feliz, inclusive. Sim, temos. Confesse aí quem, alguma vez na vida, sentiu aquela pontadinha de medo de perder a tal felicidade rescém-chegada, novinha em folha? Somos ridículos a ponto de ter medo do que é bom. Somos humanos medrosos, imperfeitos. E estamos tão acostumados a analisar de ponta à ponta cada coisinha, respirando ares melimetrados, os mesmos de sempre, que quando algo nos tira o fôlego, vem o medo. E a vontade de se esconder.”

Aghata Paredes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário